sábado, 22 de novembro de 2008

Vou te contar, hein!?


Seguindo meu caminho, vou só pra frente
Porque pra onde quer que olhemos haverá gente
Disposta a nos derrubar.


E é por isso que sempre espero o primeiro passo
Porque é assim que essas tolas pessoas
Se deixam fracas mostrar.


Desista enquanto pode
Ou sempre irá se amargar.
Ficar assim se enrugando
Nunca vai adiantar.


Pensar sobre a vida alheia
Jamais fez bem pra ninguém.
O grande J.C. sabia disso,
E ainda assim morreu lá em Jerusalém.


Esqueça as coisas da vida.
Amarguras acontecem.
Viva como deveria viver
E esqueça o que é pra esquecer.


Vá e seja feliz!
Mas ainda assim não se esqueça:
Que às vezes quebrar o nariz,
Faz parte dessa vida espessa.


domingo, 16 de novembro de 2008

"Carlos, sossegue, o amor

É isso que você está vendo:

Hoje beija, amanhã não beija,

Depois de amanhã é domingo

E segunda-feira ninguém sabe

O que será."

sábado, 15 de novembro de 2008

Pois é, eu sei...

Eu sei que eu te amo.
Eu sei que tu me amas.
Eu sei que ela me ama.
Eu sei que nós amamos.
Eu sei que vós amais.
Eu sei que elas amam.

E é tudo que me basta saber agora, aqui, hoje, amanhã e sempre.

Tristeza não tem fim, mas a felicidade...

Gostaria de ser possuidor de metade da sabedoria do coração que algumas pessoas tem. Por vezes singelos, humildes, orgulhosos, maravilhosos, horrorosos, charmosos, ou só simpáticos, alguns conseguem nos envolver tanto com um simples palpitar.
Coração que balbucia palavras “aladas” segundo Homero, e que se torna a maior de todas as fraquezas do Homem.

Vêm meu amor, faz de mim anjo,
Faz de mim amado querubim
De tua paixão ininterrupta.

Vêm minha paixão, traz seu coração
Pra junto do meu, para podermos
Nos amar de forma estúpida.

Largados feitos dois corpos
Os corações confessavam as respectivas vidas
Confissões de passados tão belos
E ainda tão distintos em suas idas

Ao redor do mundo.
Ao redor da roda.

Que gira sem esperar ninguém
E impele a amar também.

Vai meu amor, mas espere resposta
Desse estilhaçado coração, mas inteiriço
Que está ali sempre a te amar.

Vai meu amor, mas volte um dia
Para que possamos, num outro feitiço
Cairmos em pura alegria de saborear

O amor que temos um pelo outro.

Das Montanhas de ébano

Lá sempre estiveram duas montanhas
Que o tempo fizera questão de esculpir
Com tamanha perfeição.

Magnânimas e tão grandes montanhas
Que seu vale nunca faz questão de sumir
Nos olhares ao chão.

No topo de ambos
Um solo raso
Como que se fosse
Moldado por fortes ventos circulares.

E ainda no centro de cada um
Uma pedra que teima em se esconder
De acordo com as vontades
De uma terra desconhecida pelos homens.

O vale, sempre um mistério,
Fica ali perdido, quase lendário
Guardando algo muito mais importante

Que pulsa, que vibra,
Que sente , que chora,
Que salta, palpita,
E onde, essencialmente, mora

A vontade dessas montanhas
Que perambulam sem rumo pelo mundo
Buscando olhares para visitá-las.

Buscando olhares estranhos,
Porque os olhares íntimos
Vindos dum vale raso
Não tem significado algum.

Montanhas sacodem num terremoto.
Num fervor altivo e frenético.
Nunca reparadas?

Pulsam junto com a terra,
Junto com o vale.
Onde se guardam ainda muitos segredos
A serem desvelados.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Cap. 51 - César e o artesão

Uma vez, um artesão fez um vaso de vidro que não quebrava. Foi adimitido na presença de César com seu presente. A seguir, apanhando-o nas mãos do imperador, atirou-o no chão. Tinha só uma pequena marca, como se fosse feito de bronze. Então, o artista tirou um martelinho da sacola e, com toda calma, corrigiu a marca. Feito isso, o artesão julgou ter herdado o céu de Júpiter, já que o imperador lhe perguntava:

- Além de você, quem mais sabe o segredo de fazer vidro inquebrável?
- Só eu, majestade.
- Guardas! Cortem-lhe a cabeça. Se esse segredo se espalhar, ouro e merda vão ser a mesma coisa.









Guarde bem o que tens de mais precioso só para ti, e assim, só assim, serás feliz.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Vai, vai, vai...

Atirados num turbilhão de emoções

Lá estavam, sem saber o que fazer, a quem ouvir.

Seguem seus corações, furiosos, revoltos e apaixonados

Para onde ou o que eles os levassem a sentir.

Orgulho ferido

Ferida aberta

Raiva possuída

Sensação desperta

Fardo acabrunhante temos nós humanos

De sermos sem sentirmos o que somos.

Triste fim tem a nossa humanidade

De sentirmos sem sermos o que fomos.

Tontura, vasta tontura.

Deixe-me ver com clareza o destino que nos aguarda.

Não deixe cegar nossos ouvidos

Às vibrações que o mundo nos reguarda.

Lembrai-vos criaturas, de como o mundo é mundo!

E esqueçais, por menos de minuto, que sois feitos de carnes e ossos.

Almas penosas rangendo as correntes,

Aperfeiçoando as vozes

Para em mais outro momento

Perturbar a vida mortal.

E assim, sem mais nem menos sementes,

Segue a vida dos aldazes ferozes.

Que acham saber de todo conhecimento

Mas nada vêm na vida de real.