Atirados num turbilhão de emoções
Lá estavam, sem saber o que fazer, a quem ouvir.
Seguem seus corações, furiosos, revoltos e apaixonados
Para onde ou o que eles os levassem a sentir.
Orgulho ferido
Ferida aberta
Raiva possuída
Sensação desperta
Fardo acabrunhante temos nós humanos
De sermos sem sentirmos o que somos.
Triste fim tem a nossa humanidade
De sentirmos sem sermos o que fomos.
Tontura, vasta tontura.
Deixe-me ver com clareza o destino que nos aguarda.
Não deixe cegar nossos ouvidos
Às vibrações que o mundo nos reguarda.
Lembrai-vos criaturas, de como o mundo é mundo!
E esqueçais, por menos de minuto, que sois feitos de carnes e ossos.
Almas penosas rangendo as correntes,
Aperfeiçoando as vozes
Para em mais outro momento
Perturbar a vida mortal.
E assim, sem mais nem menos sementes,
Segue a vida dos aldazes ferozes.
Que acham saber de todo conhecimento
Mas nada vêm na vida de real.
Um comentário:
Por incrível que pareça, mesmo os corações em estados deploráveis de amargura, nos levam pra um bom caminho... Pode ser longo, demorada a chegada (será que chegamos em algum lugar algum dia?), mas a amargura vai passando e é deixada pelo caminho!
Pelo menos comigo agora é assim.
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