segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Vai, vai, vai...

Atirados num turbilhão de emoções

Lá estavam, sem saber o que fazer, a quem ouvir.

Seguem seus corações, furiosos, revoltos e apaixonados

Para onde ou o que eles os levassem a sentir.

Orgulho ferido

Ferida aberta

Raiva possuída

Sensação desperta

Fardo acabrunhante temos nós humanos

De sermos sem sentirmos o que somos.

Triste fim tem a nossa humanidade

De sentirmos sem sermos o que fomos.

Tontura, vasta tontura.

Deixe-me ver com clareza o destino que nos aguarda.

Não deixe cegar nossos ouvidos

Às vibrações que o mundo nos reguarda.

Lembrai-vos criaturas, de como o mundo é mundo!

E esqueçais, por menos de minuto, que sois feitos de carnes e ossos.

Almas penosas rangendo as correntes,

Aperfeiçoando as vozes

Para em mais outro momento

Perturbar a vida mortal.

E assim, sem mais nem menos sementes,

Segue a vida dos aldazes ferozes.

Que acham saber de todo conhecimento

Mas nada vêm na vida de real.

Um comentário:

Carolina disse...

Por incrível que pareça, mesmo os corações em estados deploráveis de amargura, nos levam pra um bom caminho... Pode ser longo, demorada a chegada (será que chegamos em algum lugar algum dia?), mas a amargura vai passando e é deixada pelo caminho!
Pelo menos comigo agora é assim.