Êi-los nus.
Cegos e atados
À uma sensação angustiante
De se quererem e de se tocarem.
Diante um do outro, agora,
Os dois que se amam, assim o fazem,
Como fizeram outrora.
A verde morena dos lábios de graviola
E o pálido azulado dos pelos faciais se entranham
Cada vez mais numa infinitude impecável.
Este sim é um amor por muitos invejável.
Momentos mil de lágriamas e suor.
Espasmos de fúria e relutância.
Certezas absolutas já sabidas de cor.
Amor, paixão, confiança, ciúmes
E todas as outras palavras cabíveis
Se penduram e ligam umas às outras
Nas horas mais improváveis e aprazíveis.
Ele a quer sem dor.
Ela o quer Homem, mas menino.
E assim, ambos buscam somente
Uma única coisa: o amor.
Um comentário:
Me ensina a escrever, tio?
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