segunda-feira, 8 de junho de 2009

Soneto da Perdição Vital



Sou um desses que de novo nasceu velho
E que uma vez velho, sempre novo.
De novo essa história se repete
Visto que a mãe sempre choca o ovo.

Do velho, boas lembranças distorcidas.
Do novo, leves esquecimentos desmembrados.
De velho, apenas momentos desmemoriados.
De novo, só as mesmas velhas corridas.

Da juventude à velhice, não existem paradoxos.
E sim uma completude entre um embrião e defunto
Numa única linha temporal.

E de nada servem aos homens esse duelo entre dióxidos.
Aquém de todas as moléculas mortas de um presunto
Brota um desacorde meramente estrutural.

Um comentário:

Carolina disse...

E a escada sem rumo...