sexta-feira, 30 de maio de 2008

Belmôndega (Oo)

"Certa vez conheci uma garota
Que parecia ter mais manias que eu
Com todas as minhas compulsões.

Não tardou muito até que essa marota
Surrupiasse um pedaço meu
E me inchesse de desmedidas sensações.

Ela é assim:

Meio claustrofóbica,
Como uma almômdega enmacarrolada.
Um pouco desesperada
Como um nó que liga um fio com nada.

Às vezes fica um pouco nervosa.
Mas nada muito apoplético.
Tudo que ela faz me torna patético,
Lerdo, adimirando-a com seus óoculos rosa.

Vendo num mundo todo retrô,
Coisas novas e amareladas.
Fico até espantado quando vejo um dodô
E ela me diz cores meio torradas.

Cheia de traquinices e manias.
Assim é essa moleca,
Que cheia de gracejos e meninices
Me enche com tantas loucas e ricas alegrias.

Me afino com ela
Ela se afina comigo
Para nessa harmônia
Seguirmos felizes o nosso castigo.

De amar um ao outro.
E do outro,
O mundo."



Uma pausa da história que seguia, só pra postar algo que a muito tempo não escrevo. Sinto um pouco a falta de todos, mas assim sendo, sigo, sento, escrevo e estudo.

Pra todos um beijo, um queijo, e um percevejo sertanejo num lampejo.

Um comentário:

Daniel Carvalho - Portfólio disse...

Desfecho mais que belo... essas rimas com ejo "são o que há"