terça-feira, 13 de maio de 2008

Pequenos Olhos de Tartaruga


Dá-me palavras meu âmago!
Não quero ficar sem escrever.
Essa angústia acaba com a minha alma
E, por dentro, corrói todo meu ser.

Não como homem, nem como máquina.
Mas um crescer jovem, infantil
Que todos temos dentro de nós.
E que se escangalha de tanto rir

Dessas palavras que nos percorrem.
Não sinto artificialidade.
Apesar de meio maquinado
Vôo com as cócegas para bem longe.

Por aqui venho apenas comunicar
Que a partir de hoje sou outro.
Aquele que ontem, já não era
Passa a anunciar aurora de falar.

Aquele que não dizia nada,
Hoje, é obrigado a catar letrinhas.
Como que num milharal a ventar
Buscando pequenas agulhinhas.

Que voam e flutuam sem ferir
Estourando em mil teclas.
Mostrando não só as letras
Mas também realidades imagéticas.

Invisíveis aos olhos do homem,
Palpáveis aos sentidos dos animais,
E por crianças alegremente absorvidas,
Cantadas com vigor e nostalgia

De um recém nascido que grita
Com pavor dos frios e das vidas.



Sem o menor pique de inspiração. Escrevo pra tentar mostrar que não abandonei o blog. Só espero que funcione. A todos um grande abraço cheio de saudades.

Na foto apenas um filhote aleatório, que a muito tinha encontrado.

Nenhum comentário: