quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Bem me quer, mal me quer


Você com essas brincadeiras

De bem-me-quer , mal-me-quer

Acaba aos poucos

Com os poucos de mim.


Poucos esses que te amam

De toda alma e coração.

E tantos outros que te observam

E que te querem ter como lixo

Na palma da mão.


Amo-te como Adão amou sua esposa.

Refugiando-se dos olhares divinos

Para poderem residir em paz na terra de Nod.

Terra erma onde foram morar

Para que pela eternidade pudessem formar

Todo esse mundo que conhecemos como humanidade.


Nós com essas brincadeiras

De bem-me-quer, mal-me-quer

Juntamos aos poucos

Os poucos de nós dois.


Que tanto se amam, que tanto se querem

Bem-me-quer, bem nos faz.

Tanto que nossos corações

Se enchem de alegria e paz.


Seguindo em frente, sempre juntos.

Sempre unidos.

Fundidos em um só.


Mal-me-quer, mal nos faz.

Sem compartilharmos as dores

De passados e futuros amores

Que foram ou serão, cheios de atores.


Amores atores, ou atores amores?

Não sei dizer ao certo.

Apenas nos saberíamos responder.


Portanto, cabe a mim e a você

Sabermos onde e quando alcançar o meio,

A linha tênue, que divide o amor do ódio

E que nos faz sentir em materno seio.


Eu com essas brincadeiras

De bem-me-quer, mal-me-quer

Acabo com os poucos de ti.


Sempre tão devota e crente

De que nosso amor segue em frente

Na calmaria tempestuosa.


Não há amor sem tempestade

Como não há paz sem guerra.

E é nessa luta tenra e eterna

Que vivemos um para o outro.


De mim pra você .

De você pra mim.

Um comentário:

Carolina disse...

Brincadeiras???
É comigo mesma!

Creminhooooooooom.