Você com essas brincadeiras
De bem-me-quer , mal-me-quer
Acaba aos poucos
Com os poucos de mim.
Poucos esses que te amam
De toda alma e coração.
E tantos outros que te observam
E que te querem ter como lixo
Na palma da mão.
Amo-te como Adão amou sua esposa.
Refugiando-se dos olhares divinos
Para poderem residir em paz na terra de Nod.
Terra erma onde foram morar
Para que pela eternidade pudessem formar
Todo esse mundo que conhecemos como humanidade.
Nós com essas brincadeiras
De bem-me-quer, mal-me-quer
Juntamos aos poucos
Os poucos de nós dois.
Que tanto se amam, que tanto se querem
Bem-me-quer, bem nos faz.
Tanto que nossos corações
Se enchem de alegria e paz.
Seguindo em frente, sempre juntos.
Sempre unidos.
Fundidos em um só.
Mal-me-quer, mal nos faz.
Sem compartilharmos as dores
De passados e futuros amores
Que foram ou serão, cheios de atores.
Amores atores, ou atores amores?
Não sei dizer ao certo.
Apenas nos saberíamos responder.
Portanto, cabe a mim e a você
Sabermos onde e quando alcançar o meio,
A linha tênue, que divide o amor do ódio
E que nos faz sentir em materno seio.
Eu com essas brincadeiras
De bem-me-quer, mal-me-quer
Acabo com os poucos de ti.
Sempre tão devota e crente
De que nosso amor segue em frente
Na calmaria tempestuosa.
Não há amor sem tempestade
Como não há paz sem guerra.
E é nessa luta tenra e eterna
Que vivemos um para o outro.
De mim pra você .
De você pra mim.
Um comentário:
Brincadeiras???
É comigo mesma!
Creminhooooooooom.
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