sábado, 4 de outubro de 2008



Ela olha pra mim, com aqueles olhos
Tão claros, tão escuros
Tão belos e tão profundos.

São olhos de menina, de mulher,
Olhos, de quem sabe bem o que querer.
Mas que ao mesmo tempo
Não decidem, não sabem escolher.

E nessa molecagem vibra
Uma aura de energia pura e intensa
Das cores mais variadas
Das sensações mais extensas.

Um ataque! Rápido, mas sutil...
Como se já espreitasse a espera
Do momento certo
E da vítima pueril.

Vítima que se deixa vitimar
Pela amada por horas a fio
Sem ao menos contestar
O porque do vigor tão bravio.

De súbito uma reviravolta!
A vítima torna-se agressora
Numa avidez nunca sentida.

Bate, espanca, esbofeteia e grita.
Como um animal feroz
Destroçando a pequetita.

Por muito esse ciclo permanece
E por muito irá permencer
Mas pra quem quiser saber o final da história
Que viva e que deixe viver

O sentimento, aquela voz baixinha
Que sempre nos disse o que fazer
Na hora e no momento certo.

Por vezes irritante, por vezes agradável.
Apenas ouça, faça, ou seja.
Duvido que um dia não irá ser grato.

Um comentário:

Carolina disse...

Vítima que se deixa vitimar
Pela amada por horas a fio
Sem ao menos contestar
O porque do vigor tão bravio.


Que coisa erótica! (6)