sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Humanicidade



Da nobre alma que voa ao máximo
Da pobre calma que exala ao tácito
As coroas que emanam cores
Em abstrações repentinas de extâse



Assim louvo aquele que me enlouquece;
Assim ouço aquele que me possui.
Vai, ó crianaça, dançar nas montanhas,
Pois lá está a luz que teu espírito destribui.



Tão selvagem, tão reluzente.


Resplandescente baquidez.



E ao mesmo tempo tão carente,
Que se desfaz em placidez.


De que presta esse mundo,
Se de orgias não vivermos?
De que presta nossa alma,
Se não ouvimos seus lindos termos?



Como vozes que sussuram
Ao pé do ouvido as vontades
Que se anulam e cancelam
E que na lacuna completam



Nossas vidas tão pífias
Vazias e pequeninas.
Comparada a grande vastidez
Que habita o mundo da insensatez.


Um comentário:

Carolina disse...

Você escreve difícil.
Minha inteligêcia mínima não acompanha tal rara manifestação eloquente!

Eu gosto da sua maneira de escrever.
Me faz pensar.