sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Huxleyrismo



Ultimamente tenho parado pra pensar qual dos rumos caóticos e apocalípticos a humanidade iria tomar. Depois de ler e assitir algumas coisas, pude constatar que nosso futuro será brutalmente primitivo. Algo paradoxal, mas completamente verdadeiro.
Só não pude descobrir que tipo de religião teremos, porque me recuso a acreditar que todos seríamos possíveis devotos de uma entidade satânica, ou seguidores de algum grupo fanático que se diz profetizar as palavras de algum ser divino, que na verdade é um amigo imaginário ou ,de repente, um ser celestial. oO
É difícil abrir os olhos do homem, que adora beber da fonte da vida, sobretudo deixando que o peso da ganância recaia sobre as suas pálpebras fracas e inocentes.
Acredito que os mundos de Huxley, por exemplo, possam tornar-se verdadeiros mas de uma forma um pouco diferente. Ao invés de um mundo pós terceira guerra mundial de sequelas radioativas já não tão futurístas quanto o autor sonhava, visualiso, ainda como ele, um mundo segregado, mas não da mesma forma. Na verdade, mais como o mundo de hoje, mas num lugar onde há, de um lado a extrema miséria, e do outro a visão da extrema riqueza. Como se opusésssemos algum país da África central com um país do norte europeu exatamente dessa forma: um ao lado do outro. Um ascendendo bruscamente e o outro afundando nas sua própria fome, mas com esse tipo de miséria e de riqueza levado ao cúmulo do extremo absurdo.
Acabaria surgingo um mundo, onde haveria a suposta civilização e variados povos bárbaros que a circundam e que são extremamente numerosos, visto que atualmente, e na verdade já a algum tempo, a menoria que sempre prevaleceu foi a endinheirada. Haveriam muitas das cortinas de ferro, ou então essas cidades pobres e esquecidas seriam enterradas vivas, ou até deixadas para um mundo inferior como profetizou Huxley. Imaginem o dano que estamos causando, não só ao nosso planeta, mas a nossa própria civilização e cultura (se é que podemos afirmar que ainda temos uma)!
Talvez estivesse certo aquele que disse que a política e a religião foram invetadas, de certa forma, para acabar com a vida humana.

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